Universidade Kim Il Sung publica estudo sobre a jornalista revolucionária Anna Louise Strong
- Gabriel Martinez
- 21 de out.
- 11 min de leitura

Estudo sobre os principais conteúdos da atividade literária de Anna Louise Strong, ativa defensora da causa socialista
Kwak Su Yong
Universidade Kim Il Sung
1. Introdução
O grande Líder Kim Il Sung ensinou o seguinte:
“No processo da revolução social e da construção, o papel inspirador dos jornalistas progressistas — defensores e difusores das ideias avançadas, porta-vozes da opinião pública e organizadores — bem como das publicações avançadas, é de enorme importância.”(Obras Completas de Kim Il Sung, vol. 43, p. 333)
Um jornalista progressista e revolucionário empunha a pena da justiça, desenvolve uma ativa atividade literária para difundir entre as massas populares as ideias avançadas de sua época e, com um estilo aguçado, denuncia e condena toda injustiça e todo mal social, convocando o povo à luta pela liberdade e pela justiça.
Nesse sentido, pesquisar e divulgar amplamente a atividade literária de jornalistas progressistas de outros países contribui para que inúmeras pessoas no mundo sintam simpatia por suas ideias e aspirações avançadas, levantando-se para a luta pela justiça e pela verdade. Além disso, serve também para que os nossos jornalistas e profissionais da imprensa adquiram conhecimentos e experiências relacionados com a atividade literária.
Entre os jornalistas progressistas de vários países do mundo que, por meio de sua escrita justa, deram uma profunda contribuição à luta pela libertação humana, pela transformação social e pelo progresso, encontra-se a jornalista americana Anna Louise Strong (1885–1970).
Logo após a libertação, ela foi a primeira jornalista ocidental a entrevistar o grande Líder, e como mulher destacou-se por apresentar e difundir amplamente os brilhantes êxitos alcançados pelo nosso povo, sob a sábia liderança do Líder, na construção de uma nova sociedade. Ao mesmo tempo, apoiou ativamente as lutas dos povos do mundo contra o imperialismo e o fascismo, em defesa da paz, da democracia e do socialismo.
Neste artigo, com base nos princípios e orientações do pensamento e da teoria da imprensa e publicação de caráter jucheano, pretende-se investigar e analisar os principais conteúdos da atividade literária da jornalista americana Anna Louise Strong, que foi uma defensora ativa da causa socialista.
2. Desenvolvimento
2.1. Visão geral da atividade literária de Anna Louise Strong
Anna Louise Strong nasceu em 1885, no estado de Nebraska (cidade de Friend), nos Estados Unidos, em uma família de classe média, filha de um pastor congregacional. Formou-se na Universidade de Oberlin e, aos 23 anos, obteve o título de doutora em Filosofia na Universidade de Chicago, participando desde então em atividades sociais e no jornalismo.
Sob a influência de sua mãe, que se dedicava ativamente à defesa dos direitos das mulheres e dos afro-americanos, Strong nutria desde cedo o anseio pela liberdade e igualdade de direitos humanos. No início de sua vida social, empenhou-se em campanhas contra o trabalho infantil e em defesa do bem-estar das crianças, organizando em várias regiões diversas exposições nacionais sobre assistência infantil.
No curso dessas atividades, mudou-se para Seattle, onde se interessou vivamente pelas lutas então em curso em defesa dos direitos dos trabalhadores, sendo eleita como única mulher membro do Conselho de Educação de Seattle. A partir daí iniciou sua carreira jornalística de modo pleno.
Quando ocorreu o massacre de Everett, em 5 de novembro de 1916 — conflito em que, durante a chegada de sindicalistas do Industrial Workers of the World (IWW) em navio a vapor para apoiar uma greve de tecelões, houve troca de tiros com vigilantes da cidade, resultando em cinco sindicalistas mortos e vinte feridos —, ela publicou no jornal Seattle Union Record, apoiador da luta sindical, o artigo “Para um lugar que ninguém conhece”, no qual defendeu os direitos democráticos da classe trabalhadora oprimida e apoiou sua luta.
Desde cedo influenciada pela esquerda, Strong passou a conhecer o movimento socialista e, em 1921, como correspondente especial do Comitê Americano de Amigos do Serviço (American Friends Service Committee), visitou a Polônia e a União Soviética. A partir de então, realizou extensas atividades de reportagem em várias regiões da URSS, da China, de outros países da Ásia, do México e da Espanha.
Durante a Segunda Guerra Mundial, acompanhou o Exército Vermelho soviético em sua ofensiva até a frente polonesa e, posteriormente, percorreu diversos países onde as lutas de libertação nacional se desenvolviam com vigor, como Guatemala, Laos e Vietnã. Com base em suas experiências diretas, escreveu e publicou inúmeros artigos e mais de 30 livros.
Mais tarde, estabeleceu-se na China, onde viveu até sua morte, mantendo sua atividade de escritora em apoio ao socialismo. Seus escritos não apenas foram bem recebidos por camponeses e operários, mas também chegaram a ser publicados em jornais e revistas de países capitalistas.
O episódio mais marcante e de maior significado em sua atividade literária foi sua visita à Coreia, em agosto de 1947, quando teve a oportunidade de encontrar-se com o grande Líder Kim Il Sung, resultando na publicação do livro O Primeiro Vislumbre da Coreia.
A decisão de visitar nosso país vinha de muito tempo, pois Strong nutria profundo respeito e admiração pelo grande Líder. Durante seus longos anos de trabalho de reportagem na União Soviética e em várias regiões da China, ouvira histórias quase lendárias sobre o comandante guerrilheiro coreano que, à frente das forças de resistência, conduzia brilhantemente a luta armada contra os invasores japoneses e obtinha vitórias consecutivas com sua hábil estratégia. Isso consolidou nela um sentimento de infinita admiração e reverência.
Assim, mesmo ciente de que sua viagem à Coreia estaria repleta de perigos devido às manobras do imperialismo, decidiu empreendê-la. Ao chegar a nosso país, encontrou-se com o grande Líder e recebeu seus ensinamentos sobre a construção do poder popular, a questão feminina, o problema do trabalho, a indústria, a educação e muitos outros aspectos, ficando profundamente fascinada pela nobre estatura de estadista e pelas qualidades humanas do grande Líder.
Anna Louise Strong, que anteriormente acreditava que mesmo nos países onde os comunistas haviam chegado ao poder as massas trabalhadoras comuns continuavam sendo apenas objeto da política e nunca haviam surgido como protagonistas que a conduziam, não pôde conter sua admiração ao ver que, em nosso país, simples operários, camponeses e intelectuais haviam se tornado verdadeiros sujeitos da vida política.
Embora sua permanência em nossa pátria não tenha sido longa, nesse período ela visitou muitos lugares, observou e experimentou diretamente a realidade vibrante da nova Coreia e recolheu abundantes materiais sobre o povo que o grande Líder havia colocado em primeiro plano.
Em seu livro O Primeiro Vislumbre da Coreia, apresentou ao mundo, tal como era, a verdadeira imagem da Coreia — que até então vinha sendo distorcida pela falsa propaganda dos imperialistas norte-americanos —, transmitindo assim esperança e confiança aos povos progressistas de todo o mundo que se opunham ao imperialismo e ansiavam por uma nova sociedade.
Dessa forma, Anna Louise Strong tornou-se respeitada e amada pelas massas como uma jornalista progressista e revolucionária e como uma destacada ativista social de sua época.
2.2. Principais conteúdos da atividade literária de Anna Louise Strong
O conteúdo central da atividade literária de Anna Louise Strong consistiu, antes de tudo, em difundir amplamente ao mundo a grandeza do grande Líder Kim Il Sung, fascinada pelos seus feitos imortais, pela sua nobre natureza popular, por sua elevada virtude e caráter, e em apoiar ativamente a luta de nosso povo pela construção da nova pátria após a libertação, mostrando-a de forma verdadeira.
Em seus escritos, exaltou o grande Líder como herói da Coreia e jovem comandante que salvou a nação e o povo, louvando ardorosamente sua família revolucionária e os feitos alcançados durante a luta armada antijaponesa. Relatou em detalhes, também, o processo das primeiras eleições democráticas realizadas em nosso país sob a direção do grande Líder, avaliando-as como o mais democrático e justo método eleitoral, sem paralelo em nenhum outro lugar.
Além disso, descreveu com riqueza de detalhes, através de conversas diretas com o povo, os êxitos obtidos sob a enérgica e sábia liderança do grande Líder no pós-libertação: a construção do poder popular, a reforma agrária, a nacionalização das principais indústrias, a implantação da jornada de oito horas de trabalho e a proclamação da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Durante sua permanência em nosso país, onde quer que fosse, testemunhou diretamente o povo coreano, unido como um só, levantando-se em luta patriótica sob a direção do grande Líder, e expressou sinceramente suas impressões no livro O Primeiro Vislumbre da Coreia. Nesse livro, mostrou a realidade grandiosa de uma nova sociedade independente em construção, declarando sua firme convicção de que a luta do povo coreano venceria inevitavelmente e de que o ideal socialista de uma vida feliz e unida seria realizado.
Para alguém que nasceu e cresceu na sociedade capitalista dos Estados Unidos, que após a Segunda Guerra Mundial emergira como cabeça do imperialismo, o que Strong viu e experimentou em nosso país era algo completamente novo e inédito no mundo. Os diálogos que manteve com pessoas de diversas camadas sociais — crianças, operários, mulheres — eram extremamente sinceros.
O retrato da luta pela construção da nova sociedade refletido em seu livro transmitiu o orgulho e a alegria infinitos do nosso povo por sua vida digna, bem como a confiança num futuro mais radiante, inspirando os povos progressistas do mundo em sua luta pela justiça e pelo progresso.
Outro conteúdo fundamental da atividade literária de Anna Louise Strong foi a defesa dos direitos das massas trabalhadoras oprimidas e a denúncia do capitalismo. Isso pode ser visto em artigos como “Para um lugar que ninguém conhece”, “Incitando o ódio humano”, “Casa Fria”, “Em defesa de todos os homens” (1917–1919), bem como no livro Eu Mudo o Mundo (1935).
No artigo Para um lugar que ninguém conhece, escrito em apoio ao levante dos membros do IWW em Seattle (1919), declarou:
“Os trabalhadores neste país desencadearão o maior movimento que já empreenderam, e ninguém sabe aonde isso nos levará.”
Com isso, denunciava os capitalistas que esmagavam as justas reivindicações dos trabalhadores, visando apenas o lucro, e afirmava com confiança que os operários, unidos e organizados, conquistariam inevitavelmente seus direitos.
No artigo Incitando o ódio humano, expôs as manobras divisionistas da burguesia para fragmentar o movimento operário, observando que os capitalistas temiam ver os trabalhadores unidos, e por isso recorriam a todo tipo de intriga para semeá-los.
Defendeu que quanto mais os capitalistas tentassem dividir, mais os trabalhadores deveriam lutar pela unidade, conclamando os povos oprimidos a se unirem na luta por uma nova sociedade onde o povo fosse o verdadeiro dono.
Em seu livro autobiográfico Eu Mudo o Mundo, escreveu:
“Passei a criticar o capitalismo não porque tivesse sofrido pessoalmente algum tipo de opressão, mas porque a própria sociedade capitalista me ensinou a fazê-lo.”
Aí denunciou a corrupção da sociedade capitalista do dinheiro, descreveu como se desiludiu com a realidade podre dos Estados Unidos e como acabou fascinada pelas ideias socialistas que colocam os trabalhadores como protagonistas, passando a buscar um mundo novo.
No livro Dinheiro e Violência no Laos e no Vietnã, expôs e condenou a agressividade do imperialismo norte-americano, que, movido por sua ambição de hegemonia mundial, desencadeava guerras para usurpar a dignidade de nações independentes na Ásia e em várias partes do mundo.
Outro aspecto central da sua obra foi a defesa da paz e da democracia, a denúncia do imperialismo e do fascismo, e o apoio às lutas dos povos progressistas pela libertação nacional e pela construção socialista. Isso fica evidente em livros como Pela Primeira Vez na História (1924), Eu Vi a Nova Polônia (1946), Um Milhão de Chineses (1928), Espanha Armada (1937), O Povo Soviético (1944) e Dinheiro e Violência no Laos e no Vietnã (1962).
Em primeiro lugar, no livro Pela Primeira Vez na História, Anna Louise Strong mostrou a luta pela construção do socialismo na União Soviética no período de 1921 a 1923 como pano de fundo histórico. Nesse livro, não apresentou apenas os aspectos vitoriosos do socialismo, mas também relatou com sinceridade as perdas e os sofrimentos enfrentados durante o processo de construção, deixando nas pessoas uma profunda impressão sobre o significado e a dureza da luta revolucionária.
Além disso, em Eu Vi a Nova Polônia, baseando-se em entrevistas com pessoas de diferentes setores da política, das forças armadas e da indústria da Polônia, recém-libertada da ocupação fascista alemã, descreveu em detalhes como o povo polonês viveu durante o período de ocupação e após a libertação. Enfatizou que o governo polonês não era instrumento de nenhuma outra nação, mas sim um governo verdadeiramente independente do povo, expressando firme apoio e solidariedade à luta do povo desse país.
Ela também publicou livros como Entrevista com Mao Zedong, nos quais relatou suas visitas a Yan’an — onde se encontrava a sede central do Partido Comunista da China durante a guerra revolucionária no país — e suas conversas com líderes da revolução chinesa, manifestando apoio à sua luta. Em tais escritos, expressou ainda sua firme solidariedade às lutas dos povos do mundo contra o imperialismo e o fascismo, pela paz, pela democracia e pelo progresso.
Dessa forma, Anna Louise Strong, como jornalista ocidental, contribuiu de maneira positiva, através de sua vigorosa atividade literária, para estimular a luta das massas populares pela justiça e pelo progresso.
2.3. Limitações da atividade literária de Anna Louise Strong
Na atividade literária de Anna Louise Strong também é possível encontrar algumas limitações.
Em primeiro lugar, em certos livros que escreveu, a imagem do dirigente da classe operária não foi suficientemente enfatizada. Durante o período em que Strong desenvolveu suas atividades de reportagem, vivia-se uma época agitada em que, na União Soviética, na China e em outros países, os partidos da classe operária haviam sido fundados e guiavam a luta revolucionária. No entanto, Strong não voltou sua atenção a esses aspectos, concentrando-se apenas nas ideias socialistas como ideais e em suas formas de expressão.
Nos livros O Povo Soviético e Eu Mudo o Mundo, por exemplo, limitou-se a apresentar breves referências biográficas sobre Lenin e Stalin e a refletir o respeito do povo por eles, mas não desenvolveu a descrição das transformações sociais no socialismo soviético centrando-se no papel desses líderes revolucionários. Da mesma forma, no livro O Nascimento da Comuna Popular Chinesa, que abordava a luta pela construção socialista na China, descreveu em detalhes as mudanças positivas alcançadas em várias esferas da vida social, incluindo a agricultura, mas não destacou o papel desempenhado pelo Partido da classe operária e pelo dirigente na realização dessas mudanças.
Essas limitações se devem ao fato de Anna Louise Strong não ter formado uma compreensão correta da posição absoluta e do papel decisivo do dirigente na revolução e na construção.
Outra limitação presente em alguns de seus artigos e livros é que sua defesa dos direitos das mulheres e dos negros não foi suficientemente firme e ativa. Em textos como A História de uma Mulher e O Que as Mulheres Devem Fazer, retratou as mulheres como mães e trabalhadoras, e mencionou em certa medida a melhora de suas condições de vida resultante da luta. Porém, deixou de lado a questão de seus direitos efetivos, como o direito de voto, não aprofundando a análise.
Também, no artigo Incitando o ódio humano, ao abordar o problema da discriminação contra trabalhadores negros, não revelou suas causas mais profundas. Limitou-se a responsabilizar os capitalistas por incitar os brancos a odiarem os negros, sem desenvolver de forma mais profunda uma discussão sobre os direitos dos negros como seres humanos.
A presença desses elementos se relaciona com o fato de que, na época, a força dirigente do movimento operário nos Estados Unidos era composta majoritariamente por homens brancos, e Strong procurava evitar, tanto quanto possível, despertar suas sensibilidades.
3. Conclusão
Neste artigo, a atividade literária de Anna Louise Strong, defensora ativa da causa socialista, foi analisada de forma sistemática a partir de três eixos: uma visão geral de sua trajetória, os principais conteúdos de sua produção e suas limitações.
A jornalista americana Anna Louise Strong, nascida na sociedade capitalista, formada na educação burguesa e crescida nesse ambiente, foi a primeira repórter ocidental a entrevistar o grande Líder Kim Il Sung durante o período de construção da nova pátria em nosso país, quando nosso povo enfrentava e derrotava inúmeras manobras de sabotagem. Em apoio ativo à construção da nova sociedade independente por parte do povo coreano, escreveu e publicou o livro O Primeiro Vislumbre da Coreia.
Esse livro não foi apenas um simples relato de viagem, mas a manifestação apaixonada de respeito e admiração infinitos ao grande Líder, que transformou a Coreia, antes colonizada, oprimida e obscurecida, em uma nova nação independente e democrática, destinada a prosperar para sempre como fortaleza da soberania. Ao mesmo tempo, refletiu o entusiasmo sincero diante do fato histórico de que a política independente promovida pelo grande Líder, instaurada sobre o solo libertado da pátria, era um verdadeiro exemplo prático para todos os povos do mundo que buscavam o caminho da construção de uma nova sociedade e da realização da independência política.
Criticando severamente as perversões e corrupções do capitalismo, defendendo os direitos dos trabalhadores e transmitindo aos povos progressistas do mundo — que aspiravam à independência — uma compreensão correta do socialismo e de sua superioridade, a apaixonada atividade literária de Anna Louise Strong tornou-se um modelo clássico de jornalista progressista que empunha a pena da justiça.
O estudo de sua obra possui também relevante significado teórico e prático no fortalecimento da frente de apoiadores e simpatizantes de nossa revolução e no impulso à luta político-diplomática para ampliar tal apoio.
Devemos, no futuro, continuar aprofundando as pesquisas sobre a atividade literária de jornalistas progressistas do mundo, de modo a elevar extraordinariamente a autoridade internacional de nossa República e intensificar a produção literária que contribui para criar um ambiente internacional favorável à nossa revolução.
*A tradução publicada por este blog é não oficial. Qualquer erro é de responsabilidade exclusiva dos editores.
Fonte:Revista da Universidade Kim Il Sung – Língua e Literatura, Vol. 71, Nº 2, 2025. Acessado em:https://www.ryongnamsan.edu.kp/univ/plugins/pdfviewer/web/viewer.html?file=d9a5cf487c8317dba2cc8fafcf8a18a8koj




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